Remake de 'Vale Tudo' na Globo: 4 Personagens Originais são Excluídos

Remake de 'Vale Tudo' na Globo: 4 Personagens Originais são Excluídos

A aguardada estreia do remake de *Vale Tudo* vem cercada de expectativa e mudanças significativas. Marcada para o dia 31 de março de 2025 na TV Globo, a nova adaptação da clássica novela de 1988 está trazendo um frescor nas narrativas, mas com algumas ausências notáveis no elenco original.

Quatro personagens icônicos foram cortados, o que já está gerando burburinho entre os fãs da obra original. Entre eles está Íris (interpretada por Cristina Galvão na versão original), uma jovem tímida que nutria um amor silencioso por Poliana. No entanto, a releitura moderna de Poliana como uma personagem assexual eliminou qualquer necessidade de um enredo amoroso com Íris, levando a sua remoção.

Com a saída de Íris, também foi necessário retirar Dona Pequenina, a avó da personagem. Sem ligação direta com os principais núcleos da trama, a personagem, feita por Lourdes Mayer, também foi deixada de lado.

Além delas, Maria José (conhecida como Zezé e interpretada por Zeni Pereira), a empregada de Bartolomeu, e Marília (Bia Seidl), que na versão original se envolvia romanticamente com Laís após a morte de Cecília, foram cortadas. No remake, Cecília não morre, o que já altera significativamente a trama para Marília.

A série traz novos ares com Jorginho (Rafael Fuchs), filho dos personagens Lucimar e Vasco. Seu papel promete abordar questões contemporâneas vividas nas escolas, trazendo novas dimensões ao roteiro.

A autora Manuela Dias tem o desafio de atualizar temas e alinhá-los com os tempos atuais. Assim, questões como tratamento de alcoolismo e casamento entre pessoas do mesmo sexo serão revisitadas nesta adaptação. Ela destaca a importância de manter a essência da série, mas também trazer novidades que dialoguem com o público moderno.

Uma das maiores expectativas é a manutenção do suspense em torno da morte de Odete Roitman. A identidade do assassino será lentamente desvendada ao longo de 174 episódios, garantindo que o enigma original continue vivo e cativante para novas gerações de telespectadores.

7 Comentários

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    Iasmin Santos

    abril 7, 2025 AT 18:28

    Íris sumiu e eu nem liguei tbm kkkk Poliana assexual faz sentido agora e Íris era só um adorno emocional da 90s

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    Ricardo Soares

    abril 8, 2025 AT 23:53

    Mano, isso aqui é evolução e não traição 😊 A novela original era um drama de soap opera com excesso de personagens, e agora tá sendo limado pra valer! Jorginho vai ser o coração da nova geração, e o fato de Marília não existir mais? Tá tudo certo, Cecília viva é um presente! 🌈✨

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    Marcos Roberto da Silva

    abril 9, 2025 AT 06:13

    É interessante observar a descontinuidade narrativa estrutural que ocorre na remediação do texto televisivo clássico. A exclusão de personagens periféricos como Dona Pequenina e Maria José representa uma operação de economia semântica, onde a focalização narrativa é reorientada para núcleos de conflito contemporâneos - alcoolismo, identidade de gênero, sexualidade não heteronormativa. A manutenção do mistério de Odete Roitman funciona como um arcabouço hermenêutico que sustenta a narrativa transgeracional, enquanto a supressão de subtramas românticas anacrônicas (como o envolvimento entre Marília e Laís) reflete uma reconfiguração ideológica do desejo na mídia. O papel de Jorginho, por sua vez, inscreve-se na lógica da pedagogia mediática juvenil, tornando-se um vetor de representatividade institucionalizada. A autora, ao operar essa reestruturação, não apenas atualiza, mas reterritorializa o texto original dentro de um paradigma pós-2010 de representação.

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    @pai.tri.fellipebarros Barros

    abril 9, 2025 AT 10:32

    É claro que a Globo vai cortar Íris. Ela era a única que tinha alma. Toda essa modernização é só uma fachada pra esconder que não sabem mais fazer drama humano. Eles trocaram emoção por checklist de diversidade e agora vão fazer uma novela com 174 episódios de personagens falando sobre terapia e pronome. Onde está a paixão? Onde está a dor? Onde está a verdadeira maldade de Odete? Tudo virou um comercial da ONU.

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    marco antonio cutipa

    abril 9, 2025 AT 15:00

    Conforme analisado sob a ótica da teoria da recepção pós-moderna, a exclusão sistemática dos personagens mencionados configura uma operação de hiperrealismo narrativo, na qual a redução de arquétipos obsoletos (ex: a empregada como figura de servidão, a avó como símbolo de ternura passiva) é necessária para a manutenção da coerência interna do texto em um contexto sociocultural alinhado aos padrões de representação da contemporaneidade. A manutenção do mistério de Odete Roitman, por sua vez, constitui-se como um dispositivo de suspense estrutural que garante a continuidade da narrativa hegemônica, enquanto a eliminação de Marília e sua relação com Laís evidencia uma reconfiguração discursiva do amor homoafetivo - agora desvinculado da tragédia e inserido em um continuum de normalidade. A novela, portanto, não é um remake: é uma reescrita epistemológica.

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    Murilo Zago

    abril 10, 2025 AT 08:30

    Esse Jorginho vai ser o novo protagonista? Se for, tô dentro. Quero ver ele lidando com bullying, pressão escolar e o pai alcoólatra - isso é real. E aí, alguém sabe se a Zezé vai aparecer em flashback? Porque se não, tá faltando um pedaço da alma da novela. Mas se a Marília não existe mais... bom, pelo menos não vamos ter um romance trágico de novo. Melhor assim.

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    Eletícia Podolak

    abril 11, 2025 AT 14:34

    eu to amando esse novo rumo, sério, Íris era linda mas a gente não precisava dela pra entender o amor da Poliana... e Jorginho parece tão humano, tipo, eu já tô torcendo por ele. O que a Manuela tá fazendo é arte, não só remake. 💕

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