Can Yaman estreia 'Dolunay' no Globoplay e aumenta o hype das novelas turcas no Brasil

Can Yaman estreia 'Dolunay' no Globoplay e aumenta o hype das novelas turcas no Brasil

Quando Can Yaman, 8 de novembro de 1989 e natural de Istanbul, viu sua série de 2017, Dolunay, chegar à plataforma de streaming brasileira Globoplay, o entusiasmo foi imediato.

O lançamento aconteceu na última quinta‑feira, 7 de outubro de 2024, quando o canal dedicado a telenovelas, Globoplay Novelas, exibiu o primeiro episódio ao vivo. A novidade chega em meio a uma crescente corrida de serviços de vídeo para acaparar produções turcas, que já se tornaram febre em mais de 150 países.

Contexto da expansão das novelas turcas

Nos últimos cinco anos, as chamadas "dizi" – como são chamadas na Turquia – começaram a ocupar salas de estar de todo o mundo. O sucesso de Erkenci Kuş (2018), protagonizado pelo próprio Yaman, abriu caminho para que redes como a Fox Turkey e a TRT1 assinassem acordos com plataformas ocidentais.

Em 2023, o Brasil já assistia a Fatmagül e Diriliş: Ertuğrul em streaming, mas a chegada de Dolunay marca o primeiro passo de uma estratégia de nicho: um canal inteiro apenas para novelas estrangeiras.

Dolunay chega ao Globoplay

A escolha de Dolunay não foi aleatória. A trama, que mistura romance, drama familiar e um toque de comédia, já acumulava 4,5 milhões de visualizações nas redes turcas. No Brasil, o teaser divulgado nas redes sociais do Globoplay gerou 1,2 milhão de cliques em 24 horas.

  • Data de estreia: 7/10/2024
  • Temporada: 1 (32 episódios)
  • Direção: Ahmet Katırcı
  • Distribuição: Globoplay

O programa será exibido às 20h, horário de Brasília, com legendas em português e opções de áudio em turco e espanhol, atendendo ao público multilíngue que acompanha as dizi.

Quem é Can Yaman? Biografia e trajetória

Além de ator, Yaman tem um lado jurídico: formado em Direito pela Universidade de Istanbul, trabalhou seis meses em um grande escritório antes de trocar a gravata por um script. Em entrevista ao Hürriyet, ele contou que seu salto para a atuação começou quando o ator‑coach Cüneyt Sayıl viu seu potencial.

Yaman tem raízes albanesas por parte de pai; seu avô nasceu em Pristina, capital do Kosovo, e sua avó em Skopje, Macedônia. Ele já visitou Tirana em 2019, comunicando‑se em italiano, já que “todos lá falam italiano”.

Seu primeiro papel relevante foi em Gönül İşleri (2014), onde precisou perder 6 kg e mudar o visual para se encaixar no personagem. O desafio deixou o estilista “desculpando‑se” por “desfigurar” o ator, mas também mostrou a dedicação de Yaman à sua nova carreira.

Reações do público brasileiro

Reações do público brasileiro

Nas primeiras horas, o Twitter brasileiro explodiu com a hashtag #DolunayNoGloboplay. Usuários elogiaram a química entre Yaman e a co‑estrela Şükran Albayrak, destacando a cenografia que lembra as vielas de São Paulo.

Especialistas de mídia apontam que o fenômeno pode atrair novos assinantes ao Globoplay, que luta contra a concorrência de Netflix e Disney+. Um estudo da empresa de pesquisa Mediatel revelou que 38% dos entrevistados considerariam assinar um serviço para assistir a novelas turcas.

Impacto nas relações Brasil‑Turquia e no mercado de streaming

O acordo entre a empresa de mídia turca TF1 Alanda (responsável pela licensa de Dolunay) e o Grupo Globo reforça laços culturais que já incluíam intercâmbios de música e cinema.

Para o mercado de streaming, a aposta tem duas faces: ampliar catálogo com conteúdo de alta produção e captar um público‑jovem que acompanha tendências internacionais. A expectativa é que, nos próximos seis meses, outras séries como Çukur e Sefirin Kızı sejam adicionadas ao catálogo.

Próximos passos e expectativas

Próximos passos e expectativas

Can Yaman tem planos de visitar o Brasil ainda em 2025, possivelmente em um evento de fãs organizado por agências locais. Enquanto isso, a equipe de produção de Dolunay já prepara teasers para uma segunda temporada, que pode ser lançada simultaneamente no Globoplay e em plataformas turcas.

Se a estreia for um indicativo, a presença de novelas turcas no Brasil pode virar rotina, assim como os novelas locais que já dominam a grade da TV aberta.

Perguntas Frequentes

Como a chegada de 'Dolunay' pode afetar os assinantes do Globoplay?

A inclusão de Dolunay deve ampliar o público‑alvo do serviço, atraindo fãs de dizi que buscam legendas em português. Isso pode gerar um aumento de até 12% nas assinaturas nos próximos três meses, segundo análise interna da plataforma.

Quem foi o responsável pela produção da série 'Dolunay'?

A série foi produzida pela Ay Yapım, um dos principais estúdios turcos, em parceria com a emissora Fox Turkey.

Qual a importância da origem albanesa de Can Yaman para sua carreira?

Embora Yaman não fale albanês, ele costuma mencionar suas raízes como parte da narrativa de diversidade cultural, o que o torna mais próximo de audiências nos Bálcãs e na Europa Oriental.

Quais são as expectativas de crítica para a estreia no Brasil?

Críticos de entretenimento apontam que a produção tem alto padrão de fotografia e trilha sonora, mas alertam para possíveis diferenças culturais que podem exigir adaptação no roteiro para o público brasileiro.

Quando será anunciada a segunda temporada de 'Dolunay'?

Ainda não há data oficial, mas o produtor executivo Ahmet Katırcı sugeriu que a decisão será tomada após a avaliação de audiência da primeira temporada no Brasil.

16 Comentários

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    Elis Coelho

    outubro 11, 2025 AT 00:55

    É evidente que a inserção de uma dizi como Dolunay no Globoplay não é apenas uma estratégia de mercado. É parte de um plano de influência cultural orquestrado por conglomerados que visam remodelar o consumo midiático brasileiro. O padrão de visualizações mostra um pico que coincide com campanhas de desinformação direcionadas a públicos vulneráveis. A escolha de legendas em português serve como vetor de soft power turco. Facilita a difusão de narrativas que favorecem interesses geopolíticos específicos. Não se trata de mera popularidade. Há um alinhamento de agendas que transcende o entretenimento. Em síntese, assistimos a uma operação coordenada que requer vigilância crítica.

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    Camila Alcantara

    outubro 13, 2025 AT 08:29

    Brasil merece conteúdo nacional, não essas novelas estrangeiras que só querem sugar nossa cultura!

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    Lucas Lima

    outubro 15, 2025 AT 16:02

    É realmente incrível ver como a dizi Dolunay chegou ao Globoplay, trazendo uma nova cor ao nosso cenário de entretenimento. A produção turca tem uma estética visual que combina bem com o gosto brasileiro por dramas intensos e romances apaixonados. Além disso, a presença de Can Yaman, que já cativou o público com Erkenci Kuş, abre portas para uma troca cultural mais profunda. Cada episódio nos oferece uma oportunidade de entender melhor as nuances da sociedade turca, desde os costumes familiares até as dinâmicas de poder nas relações. Essa imersão cultural pode ser educativa, pois nos mostra como diferentes povos lidam com desafios semelhantes. Também é notável o trabalho de direção de Ahmet Katırcı, que demonstra um cuidado meticuloso com a cinematografia e o ritmo narrativo. Os personagens são bem desenvolvidos, permitindo que o telespectador se identifique com suas jornadas pessoais. A série equilibra momentos de humor leve com dilemas existenciais, criando um contraste que mantém o interesse vivo. O fato de ter legendas em português e opções de áudio em turco e espanhol evidencia a preocupação em alcançar múltiplas audiências. Essa estratégia inclusive pode incentivar o aprendizado de novas línguas entre os fãs. O impacto nas redes sociais tem sido enorme, com milhares de comentários elogiando a química entre os protagonistas. A hashtag #DolunayNoGloboplay tem se tornado um ponto de encontro virtual para discussões sobre a trama. Também vemos que o sucesso da dizi pode influenciar produções locais, inspirando escritores a experimentar narrativas mais globais. O mercado de streaming se beneficia ao diversificar seu catálogo, oferecendo alternativas às séries tradicionais. Para nós, espectadores, isso significa mais opções de lazer e mais histórias para emocionar. Enfim, a estreia de Dolunay representa um marco na relação entre Brasil e Turquia, fortalecendo laços culturais de forma divertida e envolvente.

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    Luana Pereira

    outubro 17, 2025 AT 23:35

    Observa-se que a iniciativa do Globoplay, ao importar dramas turcos, revela uma postura de dependência cultural que pode minar a produção nacional. A escolha de Dolunay, embora popular, não compensa a falta de investimentos em novelas brasileiras de qualidade. Além disso, a narrativa apresenta estereótipos que, se analisados criticamente, reforçam visões simplistas sobre relações de gênero. Em síntese, a estratégia parece mais voltada para números do que para o enriquecimento do conteúdo local.

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    Francis David

    outubro 20, 2025 AT 07:09

    Concordo que a presença de produções estrangeiras exige reflexão, mas também acho válido diversificar o entretenimento disponível. O público tem demonstrado interesse genuíno, e isso pode gerar oportunidades para colaborações futuras entre criadores brasileiros e turcos. Assim, podemos transformar essa dependência em troca cultural benéfica.

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    José Cabral

    outubro 22, 2025 AT 14:42

    Boa análise. Acredito que a troca pode trazer boas histórias.

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    Williane Mendes

    outubro 24, 2025 AT 22:15

    A chegada de Dolunay ao catálogo do Globoplay pode ser vista como um passo estratégico para atender a um público cada vez mais globalizado. As produções turcas têm conquistado uma base de fãs consistente, o que demonstra que há demanda por narrativas fora do circuito tradicional brasileiro. Ao mesmo tempo, é importante que a plataforma continue a investir em talentos locais para manter o equilíbrio. Essa dinâmica pode incentivar a inovação tanto nas roteiras quanto nas técnicas de produção. Em última análise, a coexistência de conteúdos internacionais e nacionais pode enriquecer o panorama televisivo.

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    Maria Daiane

    outubro 27, 2025 AT 05:49

    Ao refletirmos sobre a popularidade das dizi, percebemos que a busca por histórias universais transcende fronteiras culturais. A trama de Dolunay aborda temas como amor, família e superação, que são inerentes à condição humana. Essa universalidade permite que espectadores de diferentes contextos encontrem significado na narrativa. No entanto, é crucial que a absorção desses conteúdos não ofusque a apreciação das particularidades da cultura brasileira. O diálogo entre as duas visões pode fomentar um entendimento mais aprofundado sobre identidade e pertencimento.

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    Maria das Graças Athayde

    outubro 29, 2025 AT 13:22

    Concordo plenamente 🙌. É ótimo ver a gente compartilhando emoções através de diferentes culturas 🌍.

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    Thabata Cavalcante

    outubro 31, 2025 AT 20:55

    Eu diria que essa hype toda é só marketing barato, nada de novo.

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    Carlos Homero Cabral

    novembro 3, 2025 AT 04:29

    Que maravilha!! Estou super empolgado com a estreia!! Dolunay promete trazer muita diversão e emoção!! Espero que todo mundo aproveite ao máximo!! Vamos apoiar o conteúdo turco e curtir cada minuto!!

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    Andressa Cristina

    novembro 5, 2025 AT 12:02

    Uau, que energia!! Mas será que não estamos exagerando na empolgação? 😂 Ainda bem que tem quem mantenha o senso crítico!

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    Shirlei Cruz

    novembro 7, 2025 AT 19:35

    Entendo a preocupação com a presença de produções estrangeiras; contudo, a diversidade pode proporcionar novas perspectivas ao público.

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    Fernanda De La Cruz Trigo

    novembro 10, 2025 AT 03:09

    Galera, vamos abraçar essa novidade com entusiasmo porque ela pode abrir portas para mais intercâmbios culturais! Ao mesmo tempo, vale lembrar que nossa própria produção tem muito a oferecer, então equilibrar é fundamental. Juntos, podemos construir um cenário de entretenimento mais rico e plural.

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    Thalita Gonçalves

    novembro 12, 2025 AT 10:42

    É inadmissível que a elite midiática brasileira continue a distrair a população com conteúdo estrangeiro enquanto negligencia nossa própria produção nacional. A propagação de novelas turcas é, na realidade, um mecanismo de diluição cultural que favorece interesses externos ao Brasil. Essa política de importação massiva desvaloriza artistas e roteiristas brasileiros, que lutam diariamente por financiamento e reconhecimento. A lógica por trás dessa escolha está alinhada a acordos econômicos que privilegiam gigantes de mídia internacionais em detrimento da soberania cultural. Não podemos aceitar que nossas telas sejam invadidas por narrativas que não refletem a realidade social e histórica do nosso país. O público merece histórias que sintetizem a vivência brasileira, com suas particularidades regionais e suas contradições. É necessário que o governo e os reguladores adotem políticas de cotas que protejam a indústria nacional, como já ocorre em outros mercados. Além disso, as plataformas de streaming devem ser pressionadas a investir em projetos que priorizem a produção local, garantindo emprego e desenvolvimento de talentos. Somente assim poderemos reverter o fluxo de dependência cultural que tem sido instalado há anos. Portanto, conclamo a sociedade a se mobilizar contra essa invasão de conteúdo estrangeiro e a exigir respeito à nossa cultura.

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    Jocélio Nascimento

    novembro 14, 2025 AT 18:15

    Concordo plenamente com sua análise.

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