Surpresa não é ver o Toronto Raptors mexendo os pauzinhos antes da 2025-26: depois das mexidas com a chegada de Brandon Ingram e da extensão gorda para Scottie Barnes, o time não quer saber de reconstrução. A aposta é clara: usar o núcleo jovem e buscar a experiência necessária para virar protagonista já no começo da próxima temporada.
A diretoria sabe bem onde o calo aperta: falta alguém no perímetro que fique entre Barnes, Ingram e RJ Barrett e que segure a bronca tanto na defesa quanto no chute do lado de fora. Nickeil Alexander-Walker aparece como alvo fácil e certeiro: não só vem com uma média de quase 10 pontos por jogo, mas também impressiona com 46% de acerto do perímetro e marcação forte. O nome de Derrick White também ronda os sonhos da franquia, mas arrancá-lo do Boston Celtics exigiria abrir mão de ativos importantes — e talvez nem role, considerando as prioridades de Boston.
No garrafão, a situação é quase uma novela paralela. Chris Boucher pode dar adeus em breve, e com isso, o Raptors pensa em opções mais baratas para manter a estabilidade no jogo interno. Os olheiros estão de olho em jovens como Derik Queen e Khaman Maluach, nomes fortes no radar do próximo draft, pensando não só em potencial imediato, mas em uma reposição de futuro, já que Jakob Poeltl não tem presença assegurada a longo prazo.
Dinheiro é o grande fantasma que ronda o escritório dos Raptors. O novo contrato de Ingram chega a US$ 38,1 milhões, Barnes vai liberar US$ 38,7 milhões anuais, e o teto salarial encosta rápido demais. Com isso, trocar RJ Barrett se tornou pauta quente: envolve não só aliviar a folha, mas equilibrar o elenco. Marcus Smart, atualmente nos Wizards, aparece em propostas como peça para bater salário e trazer liderança defensiva — algo que cai bem com o DNA do time.
No draft, a franquia segura a nona escolha geral e precisa decidir entre um pontuador de elite como Tre Johnson, que pode ajudar no jogo de alas, ou alguém mais cerebral para armar, tipo Kasparas Jakucionis. A decisão vai depender das próximas semanas, especialmente se uma troca de último minuto bagunçar o tabuleiro.
Sem muito espaço para gastos, o Raptors se vê obrigado a procurar soluções que cabem no bolso: substitutos de Boucher devem ter contratos fáceis de mover, jovens com salários baixos ou veteranos dispostos a ajudar por menos para buscar relevância nos playoffs.
Com todas as cartas à mesa, fica claro: o Toronto Raptors mira agressivamente em veteranos e ajuste fino. Ninguém quer reconstrução. O objetivo é transformar um elenco promissor em candidato a playoffs, misturando juventude e experiência, e sempre de olho no orçamento apertado da NBA moderna.
Escrito por Marina Oliveira
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