Romário critica Filipe Luís por tirar Gerson em empate entre Flamengo e Vasco

Romário critica Filipe Luís por tirar Gerson em empate entre Flamengo e Vasco

Romário estranha saída de Gerson e expõe dilema do Flamengo

O clássico entre Vasco e Flamengo, no Maracanã, virou palco não apenas para um duelo tático, mas também para um debate quente sobre escolhas do treinador rubro-negro. Durante a transmissão do Prime Video, Romário, sempre com opiniões contundentes, não ficou em cima do muro: achou 'estranha' a decisão de Filipe Luís ao substituir Gerson na segunda etapa. Para o ex-camisa 11 da Seleção Brasileira, Gerson era facilmente o melhor em campo e, por isso, não deveria ter sido o escolhido para sair.

A substituição aconteceu quando o jogo já caminhava para um empate truncado, com poucas chances reais e muita disputa no meio de campo. Logo após a saída do camisa 8, tanto Romário quanto Galvão Bueno, outro nome de peso na transmissão, levantaram a hipótese de preservação física. Segundo a dupla, Filipe Luís poderia estar pensando no confronto importantíssimo contra a LDU Quito, válido pela Libertadores e marcado para poucos dias depois.

Bastidores da decisão e o impacto em campo

A especulação dos comentaristas ganhou força após o apito final. Filipe Luís, ao ser questionado, admitiu preocupação com o calendário apertado e ressaltou o papel vital de Gerson para os dois objetivos da temporada: o Brasileirão e a Libertadores. "Toda decisão tem lado bom e ruim. Preciso dos jogadores 100% fisicamente nos dois campeonatos mais importantes para nós", explicou o técnico, ciente das cobranças externas e internas por resultados imediatos.

Dentro das quatro linhas, Gerson realmente foi um dos poucos a desafiar a muralha vascaína montada por Ramón Díaz. Seu poder de articulação, distribuição de jogo e intensidade ofensiva criaram as melhores oportunidades do Flamengo. Só que o goleiro Léo Jardim, em grande noite, garantiu o 0 a 0 com defesas fundamentais. O setor ofensivo rubro-negro, mesmo pressionando, pecou no momento de transformar a posse de bola em chances claras. "Faltou o último passe, a escolha certa dentro da área. Vasco marcou bem, mas tivemos nossas chances", assumiu Filipe Luís na entrevista pós-jogo.

Com o empate, o Flamengo se manteve momentaneamente no topo da tabela com 11 pontos. Já o Vasco, que apostou na consistência defensiva e nos contragolpes, estacionou em oitavo com sete. No entanto, o debate sobre até que ponto se deve poupar jogadores em jogos grandes — especialmente um atleta-chave como Gerson — promete esquentar as próximas decisões no Ninho do Urubu.

Entre prioridades e desgaste, o elenco flamenguista sente o peso de lutar em duas frentes. Se de um lado a liderança alegra, de outro o futebol pragmático e os questionamentos das escolhas da comissão técnica mostram que, no futebol brasileiro, nem zerar o placar elimina a pressão do dia a dia.

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