Quando Internacional recebeu o Corinthians no último sábado, ninguém esperava que o destino fosse decidido por um pênalti polêmico. O duelo, válido pela 26ª rodada do Brasileirão Série A 2025Estádio Beira‑Rio, terminou 1 a 1 após o gol de Gui Negão e a cobrança de Carbonero nos acréscimos. O lance gerou protestos de torcedores e acendeu velhas tensões entre o Timão e os recém‑chegados treinadores Ramón Díaz e Emiliano Díaz.
O duelo de sábado não foi apenas mais um ponto na tabela; foi a primeira partida dos irmãos Díaz à frente do Internacional desde que deixaram o Corinthians há cinco meses. Na época, o clube paulista ainda nutria esperanças de reconduzir a figura de Ramón Díaz ao comando, mas a má fase e a saída precoce deixaram o vínculo em aberto. Agora, eles retornam ao clube que antes comandaram, trazendo uma dose extra de drama para a partida.
Para o Corinthians, a partida marcou a segunda vez que enfrentam seus antigos técnicos na mesma temporada, situação rara no futebol brasileiro. O Timão ainda tenta se afastar da zona de queda, acumulando três jogos sem vitória, enquanto o Inter luta para sair da zona de rebaixamento, com apenas 29 pontos.
No primeiro tempo, o Corinthians começou mais agressivo. Aos 23 minutos, Gui Negão recebeu um cruzamento na entrada da área e, com precisão, colocou a bola no canto esquerdo do gol de Alisson. O gol trouxe euforia à torcida corinthiana, que cantava "vai Corinthians" em uníssono.
O Internacional respondeu com cautela, buscando equilibrar o jogo e evitar erros. Aos 38 minutos, um contra‑ataque interrompido pela defesa corinthiana quase virou o placar em 2 a 0, mas o zagueiro Victor Cuesta fez a importante defesa.
No segundo tempo, a partida ficou mais truncada. O árbitro marcou falta em Cacá ao fechar espaço para Bruno Henrique. O árbitro inicialmente não apontou pênalti, mas após revisão do VAR, a decisão foi invertida nos acréscimos. Carbonero converteu com frieza, empatando o placar aos 90+3 minutos.
O pênalti não ficou impune. Na segunda metade do segundo tempo, a própria torcida do Internacional começou a vaiar o árbitro e a comissão técnica. O próprio presidente do clube, Alessandro Barcellos, foi alvejados por insultos do próprio torcedor, que gritou "time sem vergonha" e protestava contra a condução da diretoria.
Do lado corinthiano, o técnico Vampeta, que também atuou como comentarista na transmissão, lamentou a decisão e disse: "É frustrante perder assim, quando você sente que o lance estava contra o seu time".
Entretanto, nem tudo foi hostilidade. Um torcedor do Inter, entrevistado por Jovem Pan Esportes, elogiou o esforço da equipe: "Ainda temos luta pela frente, e a vitória será ainda mais doce se conseguirmos sair da zona".
O próximo desafio do Internacional será contra o Botafogo, no próximo sábado, às 19h30, no Beira‑Rio. Já o Corinthians recebe o Mirassol às 21h00, em Itaquera, numa partida que pode ser decisiva para romper a sequência de três jogos sem vitória.
Se o Inter conseguir três pontos contra o Botafogo, ainda estará com chance de subir para a zona de classificação ao final da temporada, dependendo dos resultados dos rivais diretos. Por outro lado, o Corinthians ainda precisa encontrar um gol de falta ou um contra‑ataque eficaz para interromper a maré de empates e derrotas.
Os irmãos Díaz, que ainda não tiveram muito tempo para impor seu estilo de jogo, serão avaliados intensamente pelos torcedores e pela imprensa. A vitória contra o Botafogo pode ser o ponto de virada que restaurará a confiança da comissão técnica e silenciará as críticas que ecoaram durante o empate.
O empate manteve o Internacional com 29 pontos, apenas um ponto atrás do Corinthians e ainda duas posições acima da zona de rebaixamento. Se vencer o Botafogo, pode subir para a 13ª posição, mas ainda depende dos resultados dos concorrentes diretos.
É a primeira vez que os irmãos dirigem um clube que já comandaram. O duelo trouxe à tona a história recente e aumentou a pressão sobre ambos, pois os resultados agora influenciam diretamente suas reputações e a confiança da torcida.
A torcida do Inter protestou contra o árbitro, contra o VAR e até contra o presidente Alessandro Barcellos, gritando “time sem vergonha”. O vai‑vai continuou até o fim, refletindo a frustração com a gestão do clube e o desempenho em campo.
A equipe deve ser mais incisiva nos contra‑ataques e melhorar a marcação nas bolas paradas. Também precisa de um atacante que converta com regularidade, já que os últimos três jogos não renderam gols decisivos.
Especialistas apontam que o Inter deve apostar em um esquema mais defensivo e buscar o contra‑ataque. Uma vitória garantiria três pontos cruciais e aliviaria a pressão sobre a diretoria e os técnicos Díaz.
Escrito por Aliny Fernandes
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