Durante a aguardada Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, uma ambiciosa iniciativa foi revelada ao mundo: a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Idealizada pela presidência brasileira, a iniciativa visa não apenas identificar os desafios que o mundo enfrenta nessas áreas, mas também propor soluções efetivas por meio da colaboração internacional. A cerimônia de abertura foi marcada por discursos inspirados e emocionantes, com líderes de todo o mundo demonstrando seu compromisso em mudar o rumo da humanidade. O anúncio foi feito por ninguém menos que o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou a importancia de entender que fome e pobreza, longe de ser fenômenos naturais, são construções resultantes de escolhas políticas ao longo do tempo.
A Aliança recebeu um apoio considerável, contando com o índispensável apoio de mais de 80 países e de diversas organizações internacionais. Este coletivo inclui, notavelmente, a União Africana e a União Europeia. Juntos, demonstram um compromisso sem precedentes para abordar essas questões complexas. A iniciativa conta também com o suporte de bancos de fomento e fundações filantrópicas de renome, como a Fundação Rockefeller e a Fundação Bill & Melinda Gates. Este é um testemunho da importância e da urgência da missão que a aliança deseja cumprir.
Um dos compromissos financeiros mais expressivos foi feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, que prometeu destinar US$ 25 bilhões em empréstimos para apoiar projetos na América Latina e no Caribe. Este financiamento é um passo crucial para oferecer suporte necessário às economias em desenvolvimento na região, possibilitando políticas que transformem vidas. Para garantir que a aliança seja eficaz, ela será administrada a partir de dois pontos estratégicos: Brasília, através da Agência Brasileira de Cooperação, e Roma, onde se localiza a FAO.
A aliança se concentrará em compartilhar conhecimento e expertise em políticas públicas que tenham se mostrado eficazes em diferentes contextos. Isso inclui abordagens como transferências de renda para as populações mais vulneráveis, aprimoramento de programas de alimentação escolar, apoio a pequenos agricultores e melhora no acesso à água potável. São estratégias que já demonstraram impacto significativo e que, agora, poderão ser ajustadas e aplicadas de maneira mais ampla graças à cooperação internacional proporcionada pela aliança.
O lançamento desta aliança ocorre em um momento crítico, com a FAO reportando que cerca de 733 milhões de pessoas sofrem de fome em todo o mundo. Este cenário alarmante demanda uma rápida ação global para evitar o agravamento da situação. O sucesso da aliança é visto como vital para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1, que propõe a erradicação da pobreza, e o ODS 2, voltado para a eliminação da fome, ambos até 2030. Estes objetivos representam um chamado à ação para a comunidade internacional, reiterando que a fome e a pobreza não podem continuar a ser negligenciadas.
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza representa não apenas um compromisso coletivo excepcional, mas também uma nova esperança para bilhões de pessoas ao redor do mundo. À medida que líderes mundiais, organizações e a sociedade civil se unem, parece haver um novo alvorecer de possibilidades para aqueles que vivem na pobreza extrema e enfrentam segurança alimentar precária. O desafio é monumental, mas a determinação demonstrada nesta cúpula oferece um vislumbre de um futuro onde a erradicação da fome e da pobreza não é apenas um sonho distante, mas uma realidade alcançável. Este é o momento de agir, e o movimento iniciado no Rio de Janeiro poderá ser recordado pelas gerações futuras como o ponto de inflexão que levou a humanidade a um caminho de justiça e equidade.
Escrito por Marina Oliveira
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