Racismo no Brasil: o que é, como reconhecer e o que fazer

Racismo ainda está presente em muitas situações, mesmo que a gente não perceba na hora. Ele pode ser um comentário ofensivo, um tratamento diferente no trabalho ou até um algoritmo que favorece um grupo na hora de escolher candidatos. O primeiro passo pra mudar é enxergar essas atitudes e entender que elas não são normais.

O que é racismo?

Racismo é qualquer ação que coloca uma pessoa ou grupo em desvantagem por causa da cor da pele ou origem étnica. Não precisa ser um insulto direto; pode ser um “favor” que só é dado a quem se parece mais com o(a) chefe, ou a falta de representatividade em campanhas publicitárias. Quando isso acontece, reforça a ideia de que alguns são superiores a outros, e isso alimenta o preconceito.

Existem três tipos principais: o racismo institucional (leis, políticas e práticas que excluem), o racismo individual (ações de uma pessoa) e o racismo estrutural (sistema que mantém desigualdades). No Brasil, o racismo institucional aparece, por exemplo, nas diferenças salariais entre brancos e negros, ou na menor presença de negros em cargos de liderança.

Como agir contra o racismo

Combatê‑lo começa nas pequenas atitudes. Se você ouvir alguém fazer um comentário racista, não fique em silêncio; chame a atenção da pessoa de forma calma e explique por que isso é ofensivo. No trabalho, verifique se os processos de recrutamento são justos: use critérios claros e evite perguntas que remetam à origem ou cor da pele.

Outra dica prática é procurar e apoiar empresas e marcas que têm políticas de diversidade. Quando você compra de quem respeita a igualdade, ajuda a criar um mercado que valoriza todos igualmente. Também vale participar de grupos que discutem a questão racial, seja em redes sociais, eventos ou projetos comunitários.

Se você tem poder de decisão – como gestor ou professor – inclua conteúdos que mostrem a história e as conquistas de negros e negras. Isso amplia a visão dos alunos e demonstra que a representatividade importa. E, claro, dê espaço para que as próprias pessoas negras contem suas experiências; ouvir é fundamental.

Por fim, reflita sobre seus próprios hábitos. Pergunte-se se você já agiu de forma preconceituosa sem perceber. Reconhecer os próprios vieses é desconfortável, mas essencial para mudar. Quando perceber um julgamento automático, pare e reavalie a situação com base em fatos, não em estereótipos.

Combater o racismo não é tarefa de um dia, mas de um esforço contínuo. Cada ação conta, seja na rua, no trabalho ou online. Ao se tornar mais consciente e agir de forma responsável, você ajuda a construir um Brasil onde a cor da pele não define oportunidades. Vamos nessa?

Atleta Negra Julia Soares Enfrenta Racismo Durante Estreia nas Olimpíadas de 2024

Atleta Negra Julia Soares Enfrenta Racismo Durante Estreia nas Olimpíadas de 2024

A atleta negra brasileira Julia Soares sofreu abusos racistas durante sua estreia nas Olimpíadas de 2024 em Paris. Soares, especialista em arremesso de peso, foi alvo de insultos racistas da plateia enquanto competia. A atleta de 25 anos é do estado do Ceará e começou sua carreira aos 12 anos. O Comitê Olímpico Brasileiro condenou o incidente e expressou apoio à atleta.

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