Desvio de fundos é quando alguém pega dinheiro que não é dele e usa para fins pessoais ou ilegais. Pode acontecer em empresas, órgãos públicos ou até em organizações sem fins lucrativos. O resultado costuma ser prejuízo para quem deveria receber aquele recurso.
O ato pode ser cometido por funcionários, gestores ou parceiros externos. Muitas vezes, o responsável cria documentos falsos, altera planilhas ou abre contas secretas para esconder o caminho do dinheiro. Não é preciso ser um grande investidor para praticar – basta ter acesso ao caixa ou às contas bancárias.
Um dos métodos mais comuns é a falsificação de notas fiscais. O fraudador emite documentos inexistentes e registra despesas que nunca foram feitas, garantindo o reembolso do valor. Outro truque frequente é a duplicidade de pagamentos: a mesma fatura é paga duas vezes e o dinheiro extra vai para a conta do agente.
Alguns casos envolvem criação de empresas fantasmas. O gestor abre uma companhia inexistente, firma contratos falsos e transfere recursos para contas controladas por ele. Quando a auditoria chega, os documentos parecem legítimos.
Em órgãos públicos, o desvio via concessões é notório. Empresas vencedoras de licitações superfaturam o preço do serviço e devolvem parte do valor ao oficial que facilitou o contrato. O dinheiro “desviado” sai pelos cantos, dificultando o rastreamento.
A primeira defesa é a transparência. Exija relatórios detalhados, acompanhe extratos bancários e questione despesas fora do padrão. Ferramentas de gestão financeira com auditoria automática ajudam a identificar irregularidades antes que se tornem um escândalo.
Se perceber algo suspeito, registre tudo: e‑mails, documentos, capturas de tela. Leve a informação ao setor de compliance ou ao auditor interno. Caso a empresa não tenha esses canais, procure o Ministério Público ou a Controladoria‑Geral da União (CGU).
Outra dica prática é separar as funções financeiras. Quem autoriza pagamentos não deve ser a mesma pessoa que controla o caixa. Essa divisão reduz a chance de alguém agir sozinho.
Por fim, mantenha-se informado sobre os tipos de fraude mais recentes. Cursos curtos de compliance, newsletters de órgãos de controle e grupos de discussão são ótimos recursos. Quanto mais você souber, menos chance tem de cair em armadilhas.
Desvio de fundos pode parecer um assunto distante, mas afeta diretamente a qualidade dos serviços públicos, o preço dos produtos e a confiança no mercado. Ao ficar atento e agir rápido, você ajuda a fechar essas brechas e garante que o dinheiro siga onde realmente deve ir.
Silvia Waiãpi, ex-deputada brasileira, perdeu seu cargo devido a acusações de desvio de fundos eleitorais para procedimentos de harmonização facial. Com um histórico diverso, Silvia foi atriz da TV Globo, atleta do Vasco e secretária no governo de Jair Bolsonaro. A matéria explora sua trajetória e a controvérsia de sua demissão.
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